Diagnóstico e Tratamento

É fácil ouvir que você tem diabetes? Não. Entretanto, se você tiver informação de qualidade e aprender tudo que precisa para o seu dia a dia com a doença, pode ter uma vida longa, feliz e saudável. É normal que a cabeça gire, com muitas perguntas, medo e ansiedade. Mas quem está bem orientado consegue substituir o medo pela precaução!

Diagnóstico

Trata-se de um diagnóstico simples que é feito através de um exame de sangue. O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas.

Tratamento

O tratamento do paciente com Diabetes Mellitus envolve sempre pelos menos 04 aspectos importantes: É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético.

O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado.

Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente.

Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação socioeconômica e cultural.

Composição do plano alimentar

A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia.

Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável, principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).

Atividade física

Todos os pacientes devem ser incentivados a pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardiocirculatórias que possam contraindicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente.

Medicamentos, Hipoglicemiantes Orais

São medicamentos úteis para o controle de pacientes com Diabetes tipo 2, estando contraindicados nos pacientes com Diabetes tipo 1. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas.

A insulina é a medicação primordial para pacientes com Diabetes tipo 1, sendo também muito importante para os pacientes com Diabetes tipo 2 que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.

Rastreamento

O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do Diabetes devem ser sempre realizados conforme diversas recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de Diabetes tipo 1, no momento do diagnóstico do Diabetes tipo 2, e a seguir anualmente.

Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço.

Uma adequada análise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos deverá ser realizado em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos, os quais serão melhor detalhados em outros artigos desse site.